sexta-feira, 24 de junho de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

De coração aberto....

De coração aberto, sim, hoje escrevo outra vez, volto a por a minha alma nas folhas brancas a minha frente, sem nada para fazer, a espera que a maquina de lavar roupa acabe para estender a roupa, eu vou-me perder um pouco por aqui… a muito tempo que já não escrevo algo para publicar, algo que olhe e diga vale a pena, mas hoje é diferente, dependo do que sair daqui, com sentido ou não, hoje vou publicar…. Hoje quero-me perder nas palavras…

Palavras, essas mesmas palavras que usei vez após vez para descrever aquilo que sentia, aquilo que se estava a passar comigo, onde me encontrava fechando-me entre quatro paredes do meu mundo, hoje simplesmente apetece-me escrever usar essas mesmas palavras…

Hoje escrevo, não para me lamentar, mas simplesmente para fazer umas reflexões sobre tudo da minha vida, hoje escrevo como foi até agora a minha vida, sem sentido nem nexo, onde simplesmente andei a deriva dos caprichos e vontades da vida… deixei-me andar, enfrentava as coisas como elas vinham ter comigo, não lutava, não tinha vontade…

Hoje é diferente, hoje acabei de reler tudo o este meu blog, li tudo, as promessas feitas, as juras de amor, os textos escritos com raiva, os textos de ajuda, os gritos para o mundo, e para o meu mundo, a minha vida que foi até agora, acabei por me aperceber, que apesar de ter escrito em “Umas últimas palavras...” que 2008 era para esquecer, estava bem engano, naquele tempo mais tempestuoso da minha vida escrevi grande textos… mesmo o primeiro blog que tive, (que acabei por apagar), tinha textos relacionas com a morte do meu tio, textos do foro pessoal (estavam guardados no disco externo que foi a vida :X), que hoje tenho pena não poder voltar a ler…

Hoje escrevo de coração aberto, com uma paz, um sentimento de realização, que a muito não sentia (a última vez foi quando tive tudo 5 no sexto ano), hoje escrevo para ti meu amor, hoje escrevo para te dizer que te amo, que te quero aqui, que apesar de ainda ter medo de cair, de me magoar, é a ti que eu quero, hoje escrevo para te dizer que as lágrimas que viste no meu rosto na noite antes da minha partida para aqui, não era por a minha vida que levava ai, não era por não ver mais os amigos, era sim por ti, porque estava a partir, estava afastar-me de ti, de tudo que vivi em Portugal, o que mais tenho saudades é os nossos serões a beber uma boa garrafa de vinho, e a falar de tudo e mais de mais alguma coisa… olhando para as páginas da minha vida, só agora que começo mesmo a viver, só agora que começo a escrever a minha história, só agora sou eu que tenho as rédeas do meu destino… e quero simplesmente que a minha história seja escrita ao teu lado, que tu sejas a tinta com que escrevo de novo na minha alma… cada passo que dei ao afastar-me de ti no aeroporto, foi uma lágrima que derramei, nunca me tinha acontecido, nunca tinha chorado por ninguém na partida de uma das minhas viagens, mas naquele dia, simplesmente não conseguia-me controlar, simplesmente tive de não olhar para trás por um bom bocado, para não se aperceberem, quando me voltei para ti, vi-te mais uma vez, e sempre linda, vi-te partir na direcção oposta…

Hoje escrevo de coração aberto porque quando vinha para casa na minha bicicleta, veio uma daquelas chuvadas de Londres, sim, porque chove para ai uns 30 minutos a valer, que me deixam tudo encharcado e depois para :S, e simplesmente ao passar por Westminster Bridge (sim, eu passo todos os dias ao pé do Big Bem e muitos outros monumentos), abri os braços, e senti aquela chuva a bater na cara, e as lágrimas voltaram a correr... mas desta vez foi de alegria, foi de felicidade, por tudo que se passa na minha vida, por simplesmente tu meu amor, pertenceres a ela, porque a mesma pergunta que te fiz antes de vir, cada dia para mim faz mais sentido… AMO-TE com todas as forças que o meu corpo tem, a nossa foto esta a cabeceira, é ela que me dá força para viver mais um dia….

Agora tenho vontade de viver, agora tenho vontade de lutar, obrigado por esse teu empurrão meu amor, abrigado por simplesmente me ouvires naquelas nossas noites, obrigado por simplesmente me dares o beijo da vida…

Porque hoje escrevo de coração aberto, para dizer ao mundo que estou feliz ao teu lado, que quero ser teu, que te amo… mas que acima de tudo eu mereço, mereço isto e muito mais, que afinal depois da tempestade, vem a calma…

Hoje escrevo ao mundo para dizer aqueles que talvez estejam numa situação parecida com que eu vivi até agora, que não desistam, que lutem, no final vale mesmo a pena, como já dizia o grande poeta Fernando Pessoa, “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.” E eu finalmente concordo em plenitude com ele.

Porque hoje escrevo, escrevo de coração aberto, tenho que te dizer que te amo, que morro de saudades de ti meu amor… mas também tenho que dizer que agora estou bem e feliz com a vida que levo.

Aquele abraço



terça-feira, 21 de junho de 2011