Uma atrás da outra, umas mais fundas, outras mais superficiais, sem nunca ter tempo para fazer o curativo a uma, já estou a levar com outra… estou a morrer aos poucos… já não sei o que fazer… cada passo que dou, levo com algo inesperado em cima, quando vejo uma mão estendida, penso que me vai ajudar… não, as pessoas só se ajudam a elas mesmas, se não tiver nada para dar em troca, a ajuda é logo retirada… como é que as pessoas ficaram assim… todos só pensam neles mesmos… quando olho a minha volta, não vejo ninguém que me possa ajudar, e quando vejo uma oportunidade que poderia resolver a minha vida, quando penso que tenho onde ir buscar ajuda para realizar algo, e quando levo a maior de todas as facadas… do meu próprio sangue… agora digo que não tenho nada que me prenda ao passado… nada me impede de sair daqui e nunca voltar atrás… todas as pessoas que realmente me importaram, aquelas que simplesmente daríamos a vida se fosse preciso, me abandonaram, umas de um maneira, outras doutra… sinto-me só, em parte, noutra nem por isso… agora renasço, não, renascer não, porque voltava ao mesmo de sempre, onde as pessoas usavam e deitavam fora quando bem lhe apetecia… eu agora nasço para um novo eu… não sei onde as coisas vão parar, não sei simplesmente como é que eu vou chegar ao dia de amanha, tudo é uma incerteza, já não tenho amarras que me não deixem voar, agora vem ai as maiores tempestades da minha vida, não que já não as tenhas passado iguais no passado, mas agora estou sozinho… o Submundo que se irá “formar” a partir daqui, eu desconheço, sei que não voltar a este ponto onde estou agora… as pessoas que me quiserem acompanhar nova fase estão a vontade, mas digo que as coisas vão ser diferentes a partir d’agora, agora sou eu, tenho sempre tempo para os amigos, e para vocês, mas agora é o eu que me interessa, apesar de ter atrasado alguns sonhos, apesar de não poder contar com ninguém… no final deste desabafo…
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